12 dezembro 2005

Pearl Jam - SP



Quando: de 02 e 03/12/2005
Abertura: Mudhoney
Quanto: de R$ 120,00 a R$ 150,00
Onde: Estádio do Pacaembu
Geral: 5 / 5

No dia 3 de dezembro, sem a chuva da apresentação do dia anterior, às 18:15 o Mudhoney entrou no palco, meio que improvisado, pois não tinha nem palco para a bateria, com a missão de aquecer a galera para a atração da noite, e isso eles fizeram bem.

Às 19:25, com a claridade do sol ainda forte, o Pearl Jam entrava no palco sem nenhum tipo de anúncio ou qualquer outra coisa q alertasse a galera, não entraram tocando, simplesmente caminharam para suas posições com seus instrumentos, esperaram alguns segundos e começaram os acordes de Brakerfall, o que já fez o púbilco pular desvairadamente.



Com um ótimo som chagando em todas as partes do Pacaembu, a banda mandou vários hits, como Given to Fly, Jeremy e Do The Evolution, com Eddie Vedder cantando perfeitamente e dando várias goladas de vinho, mamando direto da garrafa e falando quase sempre em português, para isso ele nem disfarçava que lia ler num teleprompter, sendo a seqüência mais vista nos intervalos das músicas: Eddie Vedder olhando para baixo, falando um português espânico-americanizado, se curvando e serrando os olhos para enxergar as palavras que lia, dando umas olhadas para seus companheiros de banda e mandando o vinho goela abaixo.

Como é de prache em badas que têm alguns bons anos de história e hits obrigatórios, Even Flow foi mais do que prolongada, com solos de guitarra improvisados que levantaram a galera, porém não mais que o solo do tecladista tiozinho Kenneth Gaspar, que quebrou tudo em seu órgão enquanto a banda segurava uma levada numa música que eu esqueci qual foi.



O clima geral do show era de descontração, músicos sorridentes e felizes por ver o retorno do público. Com o tradicional cover dos Ramones, I Believe in Miracles e a paulada Do the Evolution, o Pearl Jam "encerrou" seu show, porém, depois de alguns instantes voltaram para o primeiro bis com You've Got to Hide Your Love Away, somente com Eddie Vedder, um violão e uma gaita, que deveria ser tocada na parte final da música se seu suporte não tivesse quebrado assim que ele enfiou o instrumento na boca. Após este peculiar acidente, Eddie chamou ao palco Mark Arm e Steve Turner, do Mudhoney, para fazerem uma versão de Kick Out The Jams, do MC5.

Com o aquela básica puxação de saco é obrigatória, teve bandeira brasileira estendida e pendurada no palco, elogio ao país e à cidade de São Paulo, tal como agradecimentos à vizinhança por ter aceitado o show... nessa hora a minha vontade era de puxar um "Pacaembu, vai tomar no (oba!)", pois tenho certeza que 90% das pessoas que moram por ali, compraram, construiram ou alugaram suas casas depois de o estário estar pronto, então já sabiam o que eles estavam sujeitos a aturar, agora vêm com essa frescura de exigir que não haja mais shows no Estádio?!Francamente!

Em todo o show era claramente visível a satisfação dos caras de tocarem diante daquele público, não falratam agradecimentos e elogios, dizendo que aguela era o melhor show que eles haviam feito até o momento.



No segundo bis houve a maior surpresa dentre as surpresas que já eram esperadas (surpresas esperadas, vocês entenderam) quando eles tocaram Crazy Mary, música que não existe em nenhum álbum oficial da banda, que ficou conhecida por aqui por ser um bonus track do cd "Pearl Jam acústico", pirataço, imendada com Alive, momento em que as luzes se acenderam e Vedder e McCready desceram para dar uma volta no corredor que liga o palco à torre de som, e outro cover, Rockin' in a Free World, de Neil Young, música que eles já tocaram com o próprio num evento da MTV americana, e encerraram o show perto de 21:30 dizendo que ano que vêm estarão de volta. Será?

29 novembro 2005

Claro Q é Rock - SP



Quando: 26/11/2005
Quem: Cachorro Grande,Good Charlotte, Nação Zumbi, Fantômas, Flaming Lips, Iggy and The Stooges, Sonic Youth e Nine Inch Nails
Quanto: R$ 120,00 pista e R$ 300,00 área VIP e R$ 50,00 nos cambistas !
Onde: Chácara do Jockey
Geral: 4,5 / 5

O mega festival da Claro em São Paulo foi certamente um dos eventos mais organizados que eu já fui, horários cravados e certeiros sem atrazos e um ambiente aberto que dava uma boa liberdade pro pessoal, os lanches com um preço salgado, mas isso já é de praxe assim como a área vip que desta vez foi bem justa sendo uma arquibancada no meio dos palcos sem frescuras de grades entre os palcos.
Tocaram várias outras bandas nacionais idependentes e o cachorro grande no começo, mas muita gente assim como eu não chegaram a tempo para prestigiar tudo aquilo.
Foi difícil que saiu de lá insatisfeito tendo muitos elogios pro festival que tava com uma cara pra lá de gringo.


Good Charlotte
Nota 2,0 / 5


Backstreet back all right !

A princípio devo confessar que não gosto desta banda e que eles foram os mais "deslocados" no perfil do festival em um show simples cheio de crianças e adolescentes, eles tocaram seus hitzinhos e se mostram como uma punk-boyband, show para os já fãs da banda mesmo porque fora eles não agradaram mais ninguém.


Nação Zumbi
Nota 3,0 / 5


Cadê meu maracatu que tava aqui ?

Escureceu e a Nação Zumbi subiu no palco mostrando suas músicas novas e promovendo os primeiros bate-cabeças do festival com destaques para Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada, Quando a Maré Encher e Da Lama ao Caos, sendo um show ameno não tão energético como alguns outros como o Sepulfest.


Fantômas
Nota 4,0 / 5

Mike Patton subiu no palco pra lá de incomum com a bateria de lado a esquerda e com sua mesa de som no lado oposto frete a frente, parecia um duelo de barulhos e muita gente ficou pasma sem entender porra nenhuma, Dave Lombardo não compareceu e o baterista reserva quebrou muito bem mas se perdia um pouco no meio das viagens do Mike.



Retardado eu ? magina ......

Depois de um tempo algumas pessoas começaram a entender a proposta do Retardado-Come Merda , Mr. Patton que elogio o festival com sua cara de pau dizendo “Sejam bem vindos ao nosso festival, o Claro q é Fantômas” tocou suas “Músicas” que até para fãs como eu fica meio difícil de dizer o playlist mas foi uma experiência memorável.
E para fechar mais uma vez o Sr cara de pau Patton solta uma pérola dizendo “Gostaria de agradecer ao Suicadal Tendencies pela oportunidade...”.


Flaming Lips
Nota 4,5 / 5

Uma banda que ninguém “give a shit” e no final foi um dos destaques certamente foi o Falming Lips pouco conhecida mas com muito estilo e psicodelismo fez um show que com certeza conquistou uma boa nova leva de fãs com brincadeiras e doideras como andar na platéia dentro de uma bolha com direito a bichinhos pulando no palco o show inteiros em um clima de desenho animado infantil mas muito bem louco e cativante.


E chegou o Home da lua

A banda levou suas músicas que pouscas pessoas sabiam cantar mas em compensação soltou logo de cara uma Bohemiam Rapsody com direito a letra em um telão enorme sendo um dos maiores hinos cantados por toda platéia no festival assim como o encerramento com War of Pigs, surpreendente e cativante definem bem a impressão desse show.


Iggy and The Stooges
Nota 5 / 5

Simplismente o melhor do Show foi quando Iggy chegou pulando e cantando sem parar subindo nas caixas mandando os seguranças se foder e pulando na galera (isso nas 3 primeiras músicas), logo depois a galera dominou o palco e foram 3 músicas com o cara coberto de fãs e uma confusão geral onde seguranças de ig seguravam os seguranças do evento, mas a galera respeitou bastante o cara o que fez do show algo sem falhas com cenas memoráveis.

O tiozinho ali tá bem loco meu !


As músicas foram o pra lá de clássicas tendo apenas 2 novas e I Wanna Be Your Dog com direito a bis faltando alguns outros clássicos como Search and Destroy, mas longe disso ouve uma decepção desse show que só a presença do cara no palco quebra qualquer rockstar da terceira idade a lá Mick Jagger ou Steve Tyler.



Sonic Youth
Nota 3,5 / 5

O Sonic Youth fez um show lento com muitas músicas novas e poucos clássicos deixando a galera um pouco desanimada sem saber o que fazer já que todo o início do show foi recheado de coisas novas e lentas, os caras deveriam ter se tocado e feito um show mais energético e “universal”.


E agora vamos tocar nana neném com um solo microfonado de 5 minutos.


Deixou muita gente com sono apenas se salvando no final onde foram tocados alguns clássicos e o encerramento com Teenage Riot que levantou um pouco, mas no final muita gente ficou insatisfeita e sonolenta.


NIN
Nota 5 / 5

Mais de 2hrs da manha e o palco explode com um som de acordar muita gente e um palco cheio de luzes e efeitos com uma entrada espetacular e assustadora que apartir daquele momento deu para ver que o festival era deles e não tinha conversa.

Agora vamos mostrar de quem é o palco...

Sonzera de primeira os caras estavam se dedicando pra caralho e quebrando tudo era hit atraz de hit sem pausa pra respirar até chegarem musicas mais calmas como Closer e Hurt misturadas com as do novo disco, foi simplesmente um show curto e grosso por ter durado pouco mais de uma hora , acabando antes do previsto sem bis já que os caras quebraram tudo e a galera tava só o pó, mas com certeza niguém voltou pra casa de barraiga ... ops ouvido vazio ops...cabeça ...báh foda-se foi um festival do caralho.


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28 setembro 2005

Chimera Music Festival



Quando: 23/09/2005
Quem: Korzus, Chipset Zero, Sepultura e Slipknot
Quanto: R$ 80,00 pista e R$ 150,00 área VIP
Onde: Arena Skol Anhembi
Nota Geral: 3,5 / 5

Desde a compra dos ingressos a impressão que se tinha em relação ao Chimera Music Festival deste ano era ótima, pois os ingressos eram vendidos em vários pontos e sem muita burocracia para se comprar uma meia entrada, e ao entrar na Arena Skol na tarde do dia 23 de setembro, mesmo não havendo filas e com bastante catracas para a entrada, ela caiu um pouco, pois haviam umas grades incompreensíveis no meio da pista, sem contar a área vip, que faz com que o pessoal da pista se exprema nas suas delimitações, pois ao se aproximar desta linha, não se tem noção de que a grade está a dois metros de você, e todos tentam ir para frente, empurrando, empurrando e empurrando, então aqui já fica um recado para os organizadores: em show de pancadaria a pista tem que ser uma coisa só, área vip é bom para shows de boys bands, Bon Jovis e Robbie Williams, que tem aquelas fãzinhas que venderiam o corpo pra pagar mil reais para ve-los a apenas alguns metros de distância, sendo uma pequena compensação a pontualidade britânica do início dos shows, e falando deles:

Korzus
Nota 3,0 / 5


Logo na introdução dos caras já dava pra ver que o som estava ótimo, e continuou assim até o seu fim. Com riffs poderosos e rápidas viradas de bateria, a banda fez bonito e aqueceu a galera para o que estava por vir, principalmente quando emendaram "Reign in Blood", do Slayer, deixando a responsabilidade para a próxima "desconhecida" banda.

Chipset Zero
Nota 2,0 / 5


Confesso que não conhecia o som dos caras, e confesso que não gostei de conhecer. Não sei se em versões de estúdio eles se saem melhor, pois ao vivo, além da qualidade meia-boca do som, os instrumentos soavam embolados e entravam completamente quadrados pelos ouvidos, depois deles tocarem o nível de qualidade do festival caiu, e só o Sepultura pra recuperá-lo.

Sepultura
Nota 4,0 / 5


Começando só com as antigas, o Sepultura já tirou a galera do chão na primeira música, lançando um medley de "Arise" e "Dead Embryonic Cells", porém o som não ajudava muito, pois estava um tanto quanto baixo, com excessão dos bumbos da betera do Igor, que, inclusive, tinham estapmados a face do lendário senhor Madruga. Da metade para frente a banda mesclou sons novos, como a inédita "Convicted in Life", com antigos, como "Toops of Doom", do seu primeiro disco "Bestial Devastation".

De seu show, pode-se dizer que o Sepultura entrou e detonou, mesmo com problemas como o som baixo, fazendo com que a galera gastasse um pouco mais das energias do que deveriam, pois ainda havia a atração principal pela frente.

Slipknot
Nota 4,5 / 5


Mesmo com um palco pra lá de básico (outro problema do festival), os caras, mesmo sem os tradicionais macacões (eles usavam calças e camisas pretas), entraram descendo porrada no ouvido do povo com "Prelude 3.0", mas a galera só agitou de verdade na terceira música, "(sic)"quando o empurra-empurra já tinha diminuido. Tocando poucas músicas do seu último cd "Sublimal Verses", o Slipknot não deixou o ritmo cair, fazendo com que a molecada cantasse todas as suas músicas do início ao fim.



Os percussionistas lançavam várias baquetas ao público, e o vocalista Corey se mostrou muito dedicado a agradar ao público, falando muitas frases em português, inclusive no meio da música "Spit It Out", em que já é tradição ele pedir para que o povo se abaixe para começar a pular todos juntos, se dirigindo ao público alternando inglês com português numa proporção de 50%, dividindo momento auge do show com a emenda de "People = Shit".

Com um discurso básico decorado para todos os países do emisfério sul, Corey disse que não sabia porque tinham demorado três álbuns e seis anos para virem a São Paulo, prometendo que eles voltariam antes disso, fazendo também média com uma bandeira brasileira nas costas.



Era fácil notar que a maioria dos presentes tinham maior interesse em ver e ouvir principalmente a performance de dois integrantes específicos: Corey, o vocal, e Joey, o baterista, que nos momentos das músicas em que ele fazia uma virada sozinho, os gritos eram tantos que não se podia ouvir o que ele fazia, havendo até meninas gritando "Lindo" ( ! ), só faltou um solo que, aliás, ninguém da banda fez.



A nota do show do Slipknot só não foi 5,0 por detalhes como palco e falta de solos, pois no que se trata de música, os caras mandaram perfeitamente bem, provando que são ótimos músicos, e que fazer um som pesado com qualidade não é para qualquer um.

31 agosto 2005

Less Than Jake - Hello Rockview

Banda/Cantor: Less Than Jake
Gravadora: Warner
Nota : 4,2/5

Você meu amigo que está na deprê axa que está tudo perdido e já esta quase entrando na igreja para se redimir ou pior, fica ouvindo coisas como Coldplay ou Keane e já deve estar cortando os pulsos de tão pra baixo que essas porras te deixam pra baixo... Os seus problemas acabaram!

Esse disco é uma mistura de Ska, Punk Rock (são poucos que conseguem diferenciar isso hj em dia)com algumas coisas que chegam a lembrar Reggae, mas sem dúvida é o rock mais alto astral bobo alegre que existe !


Não se deixe enganar pelas cornetas e Sax esse é um show rock que vale a pena.

Nada muito cheio de frescuras, mas muitas guitarrinhas e riffzinhos seguidos por uma bateria bem elaborada e algumas cornetas (!) que simplesmente dão o toque final em tudo, seguido por letras e refrões capazes de te fazer pular que nem um besta esse cd é digno de muita atenção, principalmente para a molecada hj em dia que fica ouvindo coisa como Good Charlote e Simple Plan e acha o "máximo", ou se você gostava de Blink 182 e ultimamente vem achano que os caras tão mais preocupados em fazer Pop Punk Rock Rosa Comercial do que o punk rock descomprometido do início da carreira, Less Than Jake não é a salvação mas vai te agradar pra caralho.

As faixas de destaque ficam para "All My Best Friends Are Metalheads" simplesmente o cartão de visita da banda, "Help Save the Youth of America From Exploding", a mais envolvente e "Nervous In the Alley" que te leva pra as alturas assim como "Richard Allen George...No, It's Just Cheez" onde a pegadinha Reggae é clara e se mescla muito bem com um punk rock rápido, assim como todo o resto do disco que é daqueles que não tem nenhuma música que vc vai querer trocar.

Less Than Jake pode até parecer bobo e infantil mas levanta qualquer um, e põe um sorriso de orelha a orelha sem vc perceber, simplesmente em vez de quando vc estiver pra baixo invés de ficar ouvindo merdas que só te jogam pro buraco ouça isso, faça o teste esse é garantido, pois se cara feia é dor de barriga aqui temos o melhor sonrisal audivél hehe.