28 setembro 2005

Chimera Music Festival



Quando: 23/09/2005
Quem: Korzus, Chipset Zero, Sepultura e Slipknot
Quanto: R$ 80,00 pista e R$ 150,00 área VIP
Onde: Arena Skol Anhembi
Nota Geral: 3,5 / 5

Desde a compra dos ingressos a impressão que se tinha em relação ao Chimera Music Festival deste ano era ótima, pois os ingressos eram vendidos em vários pontos e sem muita burocracia para se comprar uma meia entrada, e ao entrar na Arena Skol na tarde do dia 23 de setembro, mesmo não havendo filas e com bastante catracas para a entrada, ela caiu um pouco, pois haviam umas grades incompreensíveis no meio da pista, sem contar a área vip, que faz com que o pessoal da pista se exprema nas suas delimitações, pois ao se aproximar desta linha, não se tem noção de que a grade está a dois metros de você, e todos tentam ir para frente, empurrando, empurrando e empurrando, então aqui já fica um recado para os organizadores: em show de pancadaria a pista tem que ser uma coisa só, área vip é bom para shows de boys bands, Bon Jovis e Robbie Williams, que tem aquelas fãzinhas que venderiam o corpo pra pagar mil reais para ve-los a apenas alguns metros de distância, sendo uma pequena compensação a pontualidade britânica do início dos shows, e falando deles:

Korzus
Nota 3,0 / 5


Logo na introdução dos caras já dava pra ver que o som estava ótimo, e continuou assim até o seu fim. Com riffs poderosos e rápidas viradas de bateria, a banda fez bonito e aqueceu a galera para o que estava por vir, principalmente quando emendaram "Reign in Blood", do Slayer, deixando a responsabilidade para a próxima "desconhecida" banda.

Chipset Zero
Nota 2,0 / 5


Confesso que não conhecia o som dos caras, e confesso que não gostei de conhecer. Não sei se em versões de estúdio eles se saem melhor, pois ao vivo, além da qualidade meia-boca do som, os instrumentos soavam embolados e entravam completamente quadrados pelos ouvidos, depois deles tocarem o nível de qualidade do festival caiu, e só o Sepultura pra recuperá-lo.

Sepultura
Nota 4,0 / 5


Começando só com as antigas, o Sepultura já tirou a galera do chão na primeira música, lançando um medley de "Arise" e "Dead Embryonic Cells", porém o som não ajudava muito, pois estava um tanto quanto baixo, com excessão dos bumbos da betera do Igor, que, inclusive, tinham estapmados a face do lendário senhor Madruga. Da metade para frente a banda mesclou sons novos, como a inédita "Convicted in Life", com antigos, como "Toops of Doom", do seu primeiro disco "Bestial Devastation".

De seu show, pode-se dizer que o Sepultura entrou e detonou, mesmo com problemas como o som baixo, fazendo com que a galera gastasse um pouco mais das energias do que deveriam, pois ainda havia a atração principal pela frente.

Slipknot
Nota 4,5 / 5


Mesmo com um palco pra lá de básico (outro problema do festival), os caras, mesmo sem os tradicionais macacões (eles usavam calças e camisas pretas), entraram descendo porrada no ouvido do povo com "Prelude 3.0", mas a galera só agitou de verdade na terceira música, "(sic)"quando o empurra-empurra já tinha diminuido. Tocando poucas músicas do seu último cd "Sublimal Verses", o Slipknot não deixou o ritmo cair, fazendo com que a molecada cantasse todas as suas músicas do início ao fim.



Os percussionistas lançavam várias baquetas ao público, e o vocalista Corey se mostrou muito dedicado a agradar ao público, falando muitas frases em português, inclusive no meio da música "Spit It Out", em que já é tradição ele pedir para que o povo se abaixe para começar a pular todos juntos, se dirigindo ao público alternando inglês com português numa proporção de 50%, dividindo momento auge do show com a emenda de "People = Shit".

Com um discurso básico decorado para todos os países do emisfério sul, Corey disse que não sabia porque tinham demorado três álbuns e seis anos para virem a São Paulo, prometendo que eles voltariam antes disso, fazendo também média com uma bandeira brasileira nas costas.



Era fácil notar que a maioria dos presentes tinham maior interesse em ver e ouvir principalmente a performance de dois integrantes específicos: Corey, o vocal, e Joey, o baterista, que nos momentos das músicas em que ele fazia uma virada sozinho, os gritos eram tantos que não se podia ouvir o que ele fazia, havendo até meninas gritando "Lindo" ( ! ), só faltou um solo que, aliás, ninguém da banda fez.



A nota do show do Slipknot só não foi 5,0 por detalhes como palco e falta de solos, pois no que se trata de música, os caras mandaram perfeitamente bem, provando que são ótimos músicos, e que fazer um som pesado com qualidade não é para qualquer um.